Governo estuda medidas para conter a inflação dos alimentos
Os preços dos alimentos básicos acumularam expressiva alta ao longo do ano passado por causa da forte demanda internacional e da alta do dólar, o que não só encareceu sobremaneira o cardápio das famílias brasileiras como forçou uma revisão para cima da inflação e um aumento na taxa de juros.
Por conta disso, técnicos dos ministérios da Economia e da Agricultura estudam conjuntamente uma série de iniciativas destinadas a reduzir os custos da produção. Entre elas estão linhas de crédito mais baratas para financiar novas tecnologias no campo e investimentos para reduzir a dependência do agro brasileiro por adubos e fertilizantes importados.
A alíquota de importação do arroz já foi zerada até dezembro, mas mesmo assim o produto acumulou alta de praticamente 70% ao longo dos últimos meses. Isso ocorre porque a Ásia aumentou seu consumo de grãos e proteína animal, alem do que os EUA estão com os estoques mais baixos dos últimos anos.
PRODUTIVIDADE
Para elevar a produtividade, uma vez que não há mais como ampliar significativamente a fronteira agrícola, o Brasil precisa investir em tecnologia. Para tanto, de acordo com Ana Paula Kowalski, do Departamento Técnico Econômico da Faep (Federação de Agricultura do Estado do Paraná), a saída é buscar soluções tecnológicas e investir em assistência técnica.
“Enquanto no Centro-Oeste e no Sul têm alta tecnologia sendo empregada, maquinário eficiente, melhor genética e manejo na maioria das áreas, temos regiões do País em que o cultivo ainda é feito de forma muito precária e há baixa produtividade”, disse ela em entrevista à revista Exame. (Foto: Jonathan Campos/AENPR)