Após participar de dois acalorados encontros para debater o tema, um em Cascavel e outro em Curitiba, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, retornou a Brasília convencido de que é praticamente impossível demover os paranaenses da ideia de não aceitar pacificamente o modelo proposto pelo Governo Federal para o novo pedágio no Estado.

“Temos a necessidade de falar com o ministro, mas também com o ser humano, com o homem, com o cidadão. Neste momento coube a mim estar à frente disso e quero, de forma muito respeitosa, fazer um pedido para que não deixe nosso sonho de expressar aquilo para o qual estudamos seja sepultado”, disse em nome de todos os municípios da Região Oeste o presidente da Amop e prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos.

“O modelo atual, toda a história, nos levou ao fracasso em relação às concessões de estradas. Esta ferida não cicatrizou até hoje em função do desenho que se fez à época, de uma forma totalmente errada, e que beneficiou apenas aos donos das concessionárias e não aos paranaenses”, ressaltou o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, que também participou do debate na Prefeitura de Cascavel. "O modelo que hoje se desenha não é o que os paranaenses estão querendo”, sentenciou o deputado.

CONCESSÃO

Já no encontro em Curitiba o deputado Luiz Claudio Romanelli, um dos líderes do movimento contra a proposta do Governo Federal, foi taxativo. "Nós não queremos o modelo híbrido. Queremos uma licitação pelo menor preço de tarifa”, disse ele, ressaltando que o modelo proposto"não interessa ao Paraná".

Romanelli explicou que a posição da Assembleia Legislativa é votar uma lei que permita a concessão, mas desde que o critério seja a menor tarifa. "Ninguém tem posição intransigente, mas nossa defesa é por um leilão pelo menor preço e com garantia de execução das obras”, afirmou, lembrando que um terço das rodovias que formal os seis lotes do projeto do novo pedágio são estradas estaduais que precisam de uma delegação formal à União. (Foto: Vanderlei Faria/PMC)