Delação do ex-ministro Palocci volta a abalar castelo petista
Ainda sem digerir a prisão de seu principal líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra desde o último dia 7 em uma cela da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o PT voltou a ter o seu castelo de sonhos abalado com a notíciade que o ex-ministro Antonio Palocci assinou mesmo um acordo de delação premiada com a PF.
Fontes vinculadas ao caso confirmaram ao jornal O Globo que a colaboração avançou com rapidez nos últimos dias. Em sigilo, além de terem fixado as bases dos benefícios que serão concedidos ao ex-ministro, os investigadores inclusive já teriam concluído a fase de depoimentos. Para tudo vir a público, falta apenas o acordo ser homologado pela Justiça.
Fundador do PT, ex-prefeito de Ribeirão Preto, ex-ministro da Fazenda do Governo Lula e ex-chefe da Casa Civil do Governo Dilma Rousseff, Palocci participou das decisões mais importantes do partido nas últimas duas décadas e está preso desde 2016 para cumprir os 12 anos, dois meses e 20 dias de reclusão a que foi sentenciado pelo juiz Sérgio Moro.
MPF NÃO QUIS
As revelações do ex-ministro devem dar um novo impulso à Lava Jato. As informações e os documentos fornecidos por ele seriam suficientes para abertura de novos inquéritos, operações e até mesmo prisões, segundo revelou O Globo.
Palocci fez acordo com a PF depois de tentar, sem sucesso, negociar uma colaboração com os procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Embora tenha anexos ainda não conhecidos, que tratam de sua relação pessoal com o universo político, das negociatas com empresários e do lobby desempenhado por ele no governo em favor de empresários, a delação do ex-petista segue um roteiro conhecido. (Foto: Arquivo Google)