Campo em alerta: Cascavel registra caso de raiva bovina
A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária) de Cascavel confirmou a ocorrência de um caso de raiva bovina no Município, mas precisamente na Colônia Barreiros, próximo à BR-369."Mais uma vez reforçamos a importância da vacinação contra a raiva nos nossos rebanhos”, alertou a médica veterinária da Adapar, Luciana Riboldi.
A raiva em animais herbívoros é uma das preocupações constantes dos pecuaristas da região Oeste do Paraná. Com o Parque Nacional do Iguaçu como reservatório da doença, volta e meia casos acometem os rebanhos de bovinos, equinos e ovinos dos municípios ao entorno e também dos mais afastados. Transmitida principalmente pela espécie de morcego hematófago (se alimenta de sangue) Desmodus rotundus, a zoonose (que também passa para humanos) precisa ser dada atenção.
A raiva é causada por um vírus e pode ser adquirida por todos os mamíferos. O morcego geralmente ataca animais em locais abertos, devido à facilidade. Eles mordem a presa e sugam o sangue. Se o animal não está imunizado, ele é contaminado com o vírus, que possui um período de incubação bastante variável. "Nos morcegos, por exemplo, pode demorar até 250 dias até aparecer os primeiros sinais. Nos bovinos, pode variar de 30 a 90 dias. Nos homens, de 20 a 60. Após a manifestação dos sintomas, aí não há mais o que fazer”, explicou a veterinária.
Os sinais compatíveis com suspeita de raiva nos herbívoros são o isolamento, perda de apetite, salivação abundante, perda de equilíbrio e consequentes quedas, opistótono (estiramento do pescoço), entre outras. "É importante destacar que a raiva nos herbívoros é a paralítica e não a raiva furiosa, como nos cães. Quando um médico veterinário identifica animais com sintomatologia de doenças nervosas, ele precisa informar obrigatoriamente a Adapar. Nós fazemos a coleta e enviamos ao laboratório o material para confirmar”, disse.
A prevenção em humanos é a vacinação e, após a mordida e durante o período de incubação, é possível tratar com soro. Os médicos veterinários e produtores que podem ter contato com os animais, precisam sempre estar também imunizados. Os animais contaminados após o óbito devem ser enterrados em covas fundas, minimizando assim os riscos de transmissão.
A imunização através do uso de vacina é a forma de prevenir os rebanhos contra esta enfermidade. O último caso em Cascavel foi registrado em 2011.
“Destacamos a importância do custo da vacina em relação ao custo dos animais e o custo benefício no investimento na prevenção da raiva. Também é importante informar que a vacina antirrábica é elaborada com diluente aquoso e, portanto, não provoca acessos nem febre nos animais desde que administrada sob condições adequadas de higiene”, reforçou Luciana.
O produtor que tiver alguma suspeita em seu rebanho deve entrar em contado com a Adapar pelos telefones: (45) 2101-4955, 2101-4961, 2101-4968 ou pelo e-mail: adaparcsc@adapar.pr.gov.br. (Foto: Adapar)