Série de reportagens vai retratar o agro do Paraná
O Paraná que alimenta o mundo. A AEN (Agência Estadual de Notícias) começa a retratar a partir deste mês, em uma série de reportagens, a pujança do Estado na produção de proteínas, grãos, hortaliças, frutas, produtos florestais e outras grandes culturas.
O trabalho passará pela liderança nacional em itens essenciais para a mesa do brasileiro, como o feijão, o frango e a tilápia, até chegar ao pequeno agricultor e o cultivo familiar. Mostrará como plantar e colher o alimento faz toda a diferença na vida de uma família, de um município, de uma região e, claro, do Paraná. Tratará também das peculiaridades que dão diversidade ao agronegócio paranaense.
O levantamento que deu origem à série foi feito com base nos dados fornecidos pelo Deral (Departamento de Economia Rural), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, e levou em consideração o relatório final do VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) de 2019 - os números de 2020 estão em fase final de contabilização.
O VBP confirmou o potencial do agro no Paraná, revelando um faturamento total de R$ 98,08 bilhões em 2019, maior valor nominal da série. Além disso, pela primeira vez o Estado contou com nove cidades com valor bruto da produção superior a R$ 1 bilhão - cinco a mais do que no levantamento de 2018.
Os municípios de Guarapuava (R$ 1,28 bilhão), Santa Helena (R$ 1,08 bilhão), Dois Vizinhos (R$ 1,05 bilhão), Assis Chateaubriand (R$ 1,05 bilhão) e Palotina (R$ 1,04 bilhão) agora integram a lista dos faturamentos mais expressivos, junto com Toledo (R$ 2,69 bilhões), Castro (R$ 1,72 bilhão), Cascavel (R$ 1,67 bilhão) e Marechal Cândido Rondon (R$ 1,16 bilhão).
Depois da pecuária, a segunda principal representatividade na composição do VBP paranaense é do grupo dos grãos e grandes culturas (39%), seguido das hortaliças (5%) e produtos florestais (4%). A produção de frutas é responsável por 2% do valor bruto."Estamos ampliando o apoio técnico às nossas cadeias produtivas e melhorando as condições sanitárias para a exportação", explica o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
EXPORTAÇÃO
O Paraná se sobressaiu na exportação de diversos itens em 2020. Entre os destaques está o complexo da soja, que exportou 17,3 milhões de toneladas, um aumento de 28,4% com relação ao volume exportado em 2019, e que gerou US$ 6,05 bilhões. Aproximadamente 45,5% das exportações do setor pelo Paraná correspondem a essa categoria. Já as carnes representam 21% e os produtos florestais 16,67%.
As vendas externas de carnes (bovinos, suínos e frango) alcançaram 1,84 milhão de toneladas, que geraram US$ 2,79 bilhões. A carne bovina somou 28 mil toneladas, e US$ 112,6 milhões. O frango 1,66 milhão de toneladas, o equivalente a 40% do volume total brasileiro, o que corresponde a US$ 2,4 bilhões; e os suínos 136,7 mil toneladas, crescimento de 15,9%, somando US$ 300,6 milhões. Entre os principais destinos dos produtos paranaenses estão China e Emirados Árabes.
Outro produto com crescimento expressivo nas exportações foi o açúcar, atingindo 3,04 milhões de toneladas. Também houve aumento nas vendas externas de frutas e de fécula de mandioca.
FUTURO PROMISSOR
A expectativa é de seguir em evolução. A previsão para o VBP 2020, cujo relatório será concluído no próximo ano, é de R$ 114,55 bilhões."Há perspectivas de boa produção, tanto de grãos quanto de carnes para 2021. O dólar valorizado ajuda a manter bons preços aos produtores. Sigamos respeitando a ciência e trabalhando pelo desenvolvimento da economia paranaense", ressalta o secretário.
Ou seja, somatórios de fatores que fazem do Paraná protagonista no cenário mundial e candidato a ser um dos maiores produtores de alimentos por metro quadrado do planeta. É o que essa série de reportagens vai mostrar, sempre às segundas e quintas-feiras, com duração prevista de dez meses, até fim de 2021. (Foto: AENPR)