Reeleito para o segundo mandato consecutivo como prefeito de Boa Vista da Aparecida e a poucos dias de entregar a nova sede do Cisop, presidido por ele, Leonir Antunes dos Santos até já havia se lançado na recente assembleia da Amop como candidato também à presidência do Consamu.

Essa franca ascensão política, que poderia levá-lo a galgar degraus maiores na política, no entanto, pode estar totalmente comprometida depois que ele foi preso pela segunda vez. A primeira ocorreu em maio de 2018 e não trouxe maiores problemas, pois à época a causa foi o fato de estar dirigindo alcoolizado um carro oficial após representar o Município em uma festividade. E a segunda ocorreu ontem (15), quando ele foi flagrado outra vez pela Polícia Rodoviária Federal, mas agora cometendo várias ilegalidades.

"Prefeito de município do Paraná é preso no RS transportando seis galos de rinha em veículo oficial", diz manchete de ontem (15) do jornal Zero Hora, ressaltando que, como se isso não bastasse, o veículo pertencente à Prefeitura de Boa Vista estava com o licenciamento atrasado e foi interceptado depois que seu condutor fez uma ultrapassagem em local proibido.

O episódio ocorreu na BR-386, em Saranti, no Norte gaúcho, e o prefeito foi conduzido à Polícia Civil para o devido registro da ocorrência. Os galos, que estavam no porta-malas, foram apreendidos e entregues ao Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, pois estavam muito machucados.

O Art. 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998) prevê detenção de três meses a um ano e multa para quem praticar"ato de abuso, maus-tratos ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos". Além disso, o caso tem como agravantes o uso de carro oficial para uma atividade particular, o fato de o veículo estar em situação irregular e a prática de ultrapassagem proibida.

Ainda não houve uma manifestação oficial por parte do prefeito. No entanto, falando por telefone ao radialista Sérgio Ricardo, da Rádio Studio 92 de Cascavel, ele disse nesta segunda-feira que os galos não eram de rinha, pertenciam a um amigo que viajava com ele e estavam sendo levados para uma festa na casa uma irmã. (Foto: PRF-RS)