Maggi se diz confiante no fim do embargo russo à carne brasileira
"Todos os pleitos da Rússia foram atendidos e estão vigentes", lembrou hoje o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, minutos antes de embarcar para Johanesburgo, na África do Sul, a fim de participar de reuniões preparatórias para a 10ª Cúpula do Brics - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Por conta disso, ele se mostrou otimista de que, nestas conversas, consiga avançar muito na direção do fim do embargo russo à carne suína e bovina do Brasil. As restrições anunciadas sob o argumento de que haviam sido encontradas substâncias como estimulantes nos produtos brasileiros exportados para a Rússia já duram quase seis meses.
Maggi admitiu que não será a esfera ministerial da reunião dos Brics que solucionará o problema do embargo russo, mas disse estar otimista de que os diálogos podem avançar para que esse impasse seja dissolvido no momento em que os chefes de Estado sentarem à mesa de negociações.
Outra frente que Maggi pretende enfrentar durante as reuniões preparatórias tem como alvo os representantes do governo chinês. Otimista, o ministro disse acreditar em uma solução próxima para a sobretaxa imposta ao frango brasileiro no início deste mês.
Nos próximos dias, técnicos chineses virão ao Brasil em uma missão para avaliar números e deverão visitar três plantas de produção brasileira. "Eles alegam que fizemos dumping, usando preços mais baixos de produção, o que não é verdadeiro. O Brasil é um país muito competitivo com produção de farelo e milho", explicou. Maggi admitiu que o Brasil precisa adotar uma "maior noção de mercado". "Não adianta a gente abrir mercado e desestrutura as cadeias locais", completou. (Foto: José Cruz/AGBR)