Tesouro federal fechou março com rombo de R$ 24,8 bilhões
O balanço das contas do governo federal relativos ao mês de março, divulgado na tarde desta quarta-feira, mostra que a saúde financeira da União vai de mal a pior. O rombo apurado foi de R$ 24,828 bilhões.
É o maior déficit para meses de março desde o início da série histórica, em 1997, ou seja, em 22 anos. Até então, o rombo mais alto para o período havia sido registrado no ano passado (-R$ 11,231 bilhões).
Ainda de acordo com o Tesouro, o rombo da Previdência Social (sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado) cresceu 22,6% no primeiro trimestre e atingiu R$ 49,052 bilhões.
O governo atribuiu o aumento do rombo no mês passado à antecipação do pagamento de R$ 9,5 bilhões em precatórios - são dívidas do poder público com cidadãos ou empresas reconhecidas por decisão judicial.
Do valor total dos precatórios antecipados, R$ 4,9 bilhões foram previdenciários, R$ 3,5 bilhões de pessoal e R$ 1 bilhão de outras sentenças.
Entretanto, mesmo descontado o pagamento dos precatórios, o déficit fiscal ficaria em R$ 15,328 bilhões e ainda assim seria o maior para o mês desde 1997.