Paraná caminha firme para se ver livre da aftosa e da PSC
Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, o Paraná está mantendo rigorosamente o cronograma para o reconhecimento internacional como área livre da febre aftosa sem vacinação. Na mais recente reunião da equipe gestora do plano estratégico do PNEFA (Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa) foi anunciado que a retirada da vacinação foi adiada em uma série de estados. Mas o fato de o Paraná (assim como Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso) estar em um estágio mais avançado que a média nacional, o calendário segue mantido. Assim, em maio deste ano a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) deve chancelar o território paranaense como área livre da doença sem necessidade de vacina.
"Ninguém consegue prever coisas como uma pandemia no meio do caminho. Mas é justamente por estarmos preparados para imprevistos, e por termos pressa para conquistar novos mercados para nossos alimentos, é que temos adiantado ao máximo esse processo de reconhecimento", celebra o presidente da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneguette. "Essa é uma conquista que reúne todos os elos da cadeia produtiva, uma grande vitória que vai alavancar a produção de proteínas animais no nosso Estado", completa.
O reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação está na reta final. Todos os documentos necessários já foram encaminhados a OIE, que faz as últimas checagens do material. Nos últimos dois anos, o território paranaense passou por diversas auditorias e avaliações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, antes que a pasta encaminhasse os detalhes que demonstram a robustez do sistema sanitário estadual. Com isso, o setor aguarda o anúncio oficial pela OIE.
PESTE SUÍNA
Além do pedido para se tornar área livre de febre aftosa sem vacinação, o Paraná também solicitou o reconhecimento, de forma separada de outros estados, como área livre da PSC (Peste Suína Clássica). Hoje, o Estado faz parte de um bloco de 14 unidades da Federação. Caso uma delas, mesmo que a milhares de quilômetros, apresente casos de PSC, o Paraná, segundo maior produtor nacional de suínos, seria impactado.
"Nós já somos livres, mas queremos ser uma zona independente. Temos casos de PSC no Brasil em áreas próximas do bloco do qual fazemos parte. Se houver entrada de doença num desses Estados, seremos penalizados em um momento no qual os suínos estão prestes a poder acessar outros mercados internacionais", explica Rafael Gonçalves Dias, da Adapar. (Foto: Mercado Livre)