As mulheres na política
Mesmo com a imposição das cotas de gênero, a representação feminina na política brasileira segue muito abaixo do razoável. Apesar de serem 52,5% do eleitorado, as mulheres estarão representadas em apenas 16% das câmaras de vereadores do Brasil a partir de amanhã (1º). E isso que elas conquistaram 2,5% mais cadeiras do que na eleição de quatro anos atrás. No âmbito do Poder Executivo o cenário é ainda pior, pois apenas 653 mulheres se elegeram prefeitas, o equivalente a 12% do total.
No Paraná, dos 4.644 vereadores eleitos nos 399 municípios, apenas 579 são mulheres, o que representa 15% do total, ou seja, um pouco aquém da média nacional. Apesar de baixo, esse número representa um ganho de 12,3% em relação ao pleito de 2016, quando as vereadoras eleitas no Estado foram 447. Já no caso das prefeituras houve um crescimento razoável, passando de 30 para 40, quatro delas na Região Oeste: Cleide Pratas (reeleita em Itaipulândia), Elza Rodrigues (Iracema do Oeste), Viviane Comiran (Ibema) e Karla Galende (Santa Terezinha de Itaipu).
Em Cascavel, duas mulheres (Beth Leal e Lilian Porto) se elegeram vereadoras e quebraram um tabu que já durava bastante tempo, pois nos últimos 20 anos o equivocadamente chamado de sexo frágil só esteve representado na Câmara por suplentes que acabaram assumindo no decorrer dos mandatos. Foz do Iguaçu se saiu um pouco melhor, com a eleição de três vereadoras, dentre elas a primeira de origem árabe e as duas mais votadas da cidade. Já Toledo elegeu duas vereadoras e uma terceira mulher (Marli do Esporte) foi a mais votada, mas seu partido não fez legenda. (Imagem: Pixabay)