Partidos minguados
De acordo com levantamento do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), nas eleições municipais deste ano nada menos que 15 dos 33 partidos legalmente constituídos no País não conseguiram atingir os 2% de votos para vereador, uma exigência da chamada cláusula de barreira.
E caso repitam esse desempenho pífio no pleito de daqui a dois anos, perderão o direito a uma fatia do tal Fundo Partidário - aquele criado para que você, contribuinte, pague a conta das campanhas -, bem como aos segundos os minutos da propaganda no rádio e na televisão - que dizem ser gratuita, mas é igualmente paga com o dinheiro do seu imposto.
Em 2018, quando começou a vigorar a nova regra, 14 partidos não atingiriam a exigência, que foi de 1,5% dos votos para deputado federal, e cinco deles optaram pela fusão para atingir o patamar mínimo de votos: o PCdoB se uniu ao PPL e o PRP fundiu-se ao Patriota, enquanto o PHS foi incorporado pelo Podemos, que havia superado a cláusula.
Mesmo assim o PCdoB voltou a fracassar nas urnas e continua com sua sobrevivência ameaçada, o mesmo ocorrendo com PV, Rede, PSol, PRTB, Pros, PTC, PMN, DC, Novo e PMB, além dos nanicos UP, PSTU, PCO e PCB.
Vale lembrar que em 2022 entrará em vigor o veto às coligações também para deputado estadual e deputado federal, uma novidade na recente eleição para vereador. Isso significa que a situação dos partidos incluídos nessa lista não é tão ruim assim que não possa piorar. Ao menos aqueles criados para defender os interesses de seus fundadores, que são a grande maioria.