A produtividade brasileira
Juarez Alvarenga
O nível de produtividade da nação é extremamente medíocre. E pior, não vem evoluindo. A principal causa disso é o abandono que chegou à educação brasileira.
É visível a massificação da educação, porém é também notória a qualidade tênue de toda estrutura educacional. Somos uma nação em que a estagnação da produtividade é nosso óbice maior.
Produzir com inteligência, criatividade, eficiência, agilidade e destreza é a vocação do mundo contemporâneo, mas nosso povo prefere o jeitinho à perfeição técnica.
Com o avanço da tecnologia o mundo atinge um novo paradigma. A objetividade moderna se impõe com naturalidade. No mundo moderno é necessário treinar bastante antes de jogar, planejar e preparar são conceitos contemporâneos.
Acha que o brasileiro entra no mercado de trabalho precoce demais, portanto, despreparado e inexperiente, e adquire facilmente os vícios do mundo prático, encurtando horizontes e queimando etapas. Nos países evoluídos a produtividade já atingiu o máximo. No Brasil tem muito que evoluir.
Instrumentalizar os brasileiros tecnicamente e adicionar a nossa criatividade peculiar é o grande desafio. Quantos potenciais vão por túmulos a cada geração. E quantos se vingam. Veremos que é uma estatística ridícula. Precisamos massificar as oportunidades.
Para os que querem vencer na vida do mundo prático a exigência é mais destreza do que inteligência, por isso a entrada no mercado do trabalho cedo é recomendável. Mas para os que preferem vencer com a cabeça, o retardamento da chega ao mundo do trabalho é primordial. Treinar bastante antes de jogar é o principal desafio da nova geração.
Nossa produtividade tem por onde crescer. Bastam investimentos e vontade política, com os brasileiros assumindo seus sonhos de uma vida mais feliz e uma profissão mais produtiva.
Juarez Alvarenga é advogado e escritor