Após aumentar 48%, preço da carne bovina estaciona
Depois de aumentos expressivos, o preço da carne bovina estabilizou e até recuou um pouco (0,84%) na primeira semana de dezembro. Mas os produtores não têm do que reclamar, pois o aumento desde o início do ano foi de expressivos 48%.
Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária produzido por técnicos do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná, os preços subiram tanto porque as ofertas de rebanho para abate no mercado interno foram escassas. Além da estiagem, a alta nos custos de produção, sobretudo em insumos alimentícios como milho e soja, foi determinante para a redução da engorda.
Somada a isso, a exportação teve aumento considerável. De janeiro a outubro, o Brasil mandou para o exterior 9% a mais em relação ao mesmo período de 2019. A China foi o principal comprador, aumentando o volume importado em 107%.
Outro fator importante que pode barrar o cenário de altas consecutivas do preço é a redução no consumo. Isso pode se acentuar no início de 2021 com o fim do auxílio emergencial e os gastos normais com os impostos de início de ano. Geralmente, nesse período, a população busca alternativas mais acessíveis de proteínas animais, como a carne de frango.
AVES E OVOS
Sobre o frango, o boletim analisa os prognósticos de produção para 2021. A expectativa é que sejam produzidos 14,5 milhões de toneladas de carne, ou 5,1% superior ao previsto para este ano, estimulado, sobretudo, pelo consumo interno. Em 2020, o consumo per capita deve ser de 45 quilos, subindo para 47 quilos no próximo ano.
A produção de ovos também deve se manter em alta, com possibilidade de chegar a 56,21 bilhões de unidades, ou 5% superior ao previsto para este ano. A perspectiva é que o consumo seja de 265 unidades anuais por pessoa, aumento de 6% em relação às 250 unidades deste ano. (Foto: José Fernando Ogura/AENPR)
Confira o boletim do Deral referente à semana de 6 a 11 de dezembro.