Os ricos também morrem
Muitos homens se escravizam pelo dinheiro, como se a riqueza fosse sinônimo de imortalidade. E não é, conforme restou provado uma vez mais nesta quinta-feira (10) com o falecimento, em São Paulo, do fundador do Grupo Safra, Joseph Safra. Ele tinha 82 anos, morreu de causas naturais e era simplesmente o banqueiro mais rico do mundo e o homem mais rico do Brasil.
Nascido em Beirute (Líbano) e descendente de uma longa linhagem de banqueiros que começaram a ganhar a vida fazendo o câmbio de moedas de ouro entre mercadores da Europa, Império Otomano, África e Ásia, Joseph Safra se mudou para São Paulo muito jovem acompanhando o pai.
Mas foi sob seu comando que o Banco Safra se tornou a quarta maior instituição financeira privada brasileira e se expandiu internacionalmente, fazendo com que deixasse à esposa Vicky Sarfaty, aos quatro filhos e 14 netos uma fortuna de R$ 119,08 bilhões de acordo com o mais recente ranking da revista Forbes.
Não por acaso a casa onde ele morava com a família, no Bairro do Morumbi (SP), é algo inatingível até para mortais ricos, pois tem 11 mil metros quadrados, cinco andares, 130 cômodos e IPTU de R$ 1 milhão por ano. Apesr disso, era a simplicidade em pessoa e se relacionava muito bem com seus funcionários.