Um suspiro de bom senso
O inciso 4º do artigo 57 da Constituição Federal vigente desde 1988 diz o seguinte, literalmente: "Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente".
Está claro, não está? Bem, há controvérsias. Pelo menos para os doutos ministros do STF Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e até Nunes Marques - aquele que o presidente Jair Bolsonaro indicou ainda outro dia para ocupar a cadeira que era de Celso de Mello.
Esses cinco por pouco não rasgaram nossa Carta Magna para permitir a continuidade de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre no comando da Câmara e do Senado, o que indica que nosso cada dia mais desacreditado Congresso Nacional invadiria 2021 trilhando o mesmo caminho que fez com que o País passasse um ano mais sem realizar as reformas vitais para o seu futuro.
Menos mal que os ministros Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux não permitiram que isso acontecesse. Mas é bom esperar mais um pouco para dar a fatura por liquidada, pois o julgamento vai até o fim da semana e os votos contrários à reeleição ainda padecem de uniformidade para que o resultado da votação possa ser oficializado. (Foto: Beto Barata/Agência Senado)