De acordo em diante, as diferenças entre os governos do Brasil e da Argentina serão deixadas e lado, ou ao menos minimizadas ao ponto de os dois países caminharem unidos em torno de um futuro que fortaleça o Mercosul. Foi isso que ficou acordado nesta segunda-feira (30), quando os presidentes Jair Biolsonaro e Alberto Fernández tiveram o primeiro encontro desde a eleição do argentino, em outubro passado.

A reunião, realizada por videoconferência para celebrar o Dia da Amizade entre Brasil e Argentina, comemorado na mesma data desde 1985, também contou com a participação dos chanceleres Ernesto Araújo e Felipe Solá.

"O Mercosul é o nosso principal pilar de integração, mas precisamos gerar mecanismos mais ágeis e menos burocráticos", declarou Jair Bolsonaro, que lembrou a existência de muitos interesses comuns, como o turismo, e garantiu que os dois países fortalecerão a integração nas áreas de defesa e "avançarão no combate ao narcotráfico e ao crime organizado". O presidente brasileiro também lamentou a morte de Diego Maradona.

Em nota, a Casa Rosada informou que o presidente argentino apregoou um impulso ao Mercosul e defendeu "deixar as diferenças no passado e encarar o futuro com as ferramentas que funcionem para o bem de todos". Ele mencionou a necessidade de cooperação também na área ambiental e citou oportunidades no setor de gás natural. A reabertura da fronteira entre os dois países não teria sido tratada no encontro. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/AGBR)