Eleições fortalecem partidos do Centrão e fragilizam o PT
Encerrado o segundo turno, é hora de fazer um balanço para identificar os partidos que se deram bem e os que se deram mal nas eleições municipais de 2020. E de cara percebe-se que os partidos do chamado Centrão, nova base de apoio de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, saíram fortalecidos a despeito do fato de a maioria dos candidatos que tiveram o apoio declarado do presidente terem perdido.
Enquanto isso, o PT se fragilizou tremendamente, não tendo conseguido eleger o prefeito de nenhuma das capitais do País pela primeira vez em sua história.
Os 11 partidos que restam no Centrão (MDB e DEM saíram do bloco em julho deste ano) vão administrar, juntos, mais de 2,6 mil municípios (47% do total) e 78 milhões de pessoas (40% da população brasileira). Os partidos que ganharam mais prefeituras foram PP (685), PSD (655) e PL (345).
POR POPULAÇÃO
Quando comparado o resultado das eleições com a população, constata-se que o PSDB foi o partido que mais minguou, mas mesmo assim irá administrar um total de 34 milhões de habitantes (14,3 milhões a menos que na atualidade). Depois vêm MDB, que caiu de 28,7 para 26 milhões; DEM, que saltou de 10,4 para 24,4 milhões; PSD, que pulou de 13,4 para 23 milhões, e PP, que cresceu de 9,6 para 16,6 milhões.
Na sequência aparecem PDT, que caiu de 12,4 milhões para 10,4 milhões de habitantes; PSB, que caiu de 16,5 para 9,1 milhões; PL, que subiu de 7,9 para 8,9 milhões; Republicanos, que caiu de 9,6 para 7,3 milhões; Podemos, que saltou de 1,5 para 6,7 milhões, e só depois é que vem o PT, que continuará governando 6 milhões de pessoas, mas basicamente moradores de pequenas cidades, que têm pouca influência numa eleição presidencial.
Depois aparecem os partidos Avante, que foi de 229 mil para 4,8 milhões; Cidadania, que caiu de 6 para 4 milhões; PTB, que recuou de 6,5 para 3,5 milhões; PSC, que foi de 2,6 para 3,3 milhões; Solidariedade, que saltou de 1,8 para 3,3 milhões; PSL, que foi de 547 mil para 2,6 milhões; Patriota, que saiu de 252 mil para 1,6 milhão; PSOL, que cresceu de 14 mil para 1,5 milhão; PV, que caiu de 3,5 milhões para 1,2 milhão; PROS, que saiu de 1,3 para 1,1 milhão; e PCdoB, que caiu de 2,7 para 1 milhão.
O Novo elegeu o primeiro prefeito de sua história (o de Joinville-SC) e irá administrar uma população de 597 mil habitantes; o PMN, por sua vez, caiu de 2,4 milhões para 199 mil; o PRTB caiu de 152 para 126 mil; Rede despencou de 1,3 milhão para 101 mil; PMB caiu de 677 para 61 mil; DC recuou de 300 mil para 5,6 mil e PTC saiu de 404 mil para inexpressivos 3,6 mil. (José Cruz/AGBR)