Cascavel dá exemplo de maturidade
J. J. Duran
No pleito do último dia 15 os cascavelenses não celebraram a vitória de uma fração que impôs derrota a outras nas urnas. Celebraram, isto sim, a festa da conciliação entre as forças e os pensamentos em torno de um programa destinado a dar continuidade à construção de uma cidade pujante, moderna, socialmente fraterna e com um horizonte promissor.
De acordo com os princípios republicanos, aderir a um programa não significa aderir a um governo, mas, no caso de quem não logrou êxito das urnas, fazer uma oposição inteligente e propositiva, de forma a assegurar a soberania popular.
E essa oposição inteligente e propositiva deve ser desenvolvida sobretudo na Câmara de Vereadores, onde a democracia precisa ser preâmbulo de todo gesto, discurso, projeto ou requerimento.
Cascavel, como qualquer cidade, foi construída com dificuldades por visionários hoje chamados de pioneiros e é a eles (pioneiros), mais do que à elite da atualidade, que devemos a pujança da cidade.
As noites do triunfo, assim como as noites das ocasionais derrotas, servem de forja para melhorar o feito ou contribuir para fazer aquilo que jamais se fez em benefício da comunidade.
A democracia só pode ser melhorada com mais democracia e a vontade popular depositada nas urnas é sagrada. Cada voto representa a vontade de um cidadão e toda vontade tem que ser respeitada. Isso se chama democracia.
Cascavel acaba de dar um exemplo da maturidade de seu povo, por isso faço dessas breves linhas meu agradecimento singelo a todos aqueles luminares homens públicos que contribuíram e contribuem para abrir o sulco por onde transita a democracia. (Foto: AENPR)
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário do Paraná