Festa do Porco é suspensa, mas a suinocultura vai bem
A 47ª edição da Festa Nacional do Porto no Rolete, que havia sido adiada de setembro para dezembro deste ano, está agora oficialmente cancelada. A decisão foi anunciada em comunicado público do Clube Caça e Pesca de Toledo e está diretamente relacionada à necessidade de evitar aglomerações durante a pandemia da Covid-19.
Apesar disso, a suinocultura não tem do que se queixar, pois vive um grande momento. Maior prova disso é que, de acordo com balanço que acaba de ser divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal, as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) acumulam em 2020 alta de 40,4%. O volume já exportado neste ano totaliza 853,4 mil toneladas, contra 690,7 milhões de toneladas de igual período do ano passado.
Em receita, a alta acumulada em 2020 chega a 48,5%, pois as exportações já renderam US$ 1,876 bilhão, contra US$ 1,264 bilhão nos 10 primeiros meses de 2019. E considerando apenas o mês de outubro, as vendas de carne suína brasileira para o exterior chegaram a 88,5 mil toneladas, número 21,5% superior às 72,8 mil toneladas de igual período anterior do ano passado.
DESTINO
A China segue sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne suína, com 423,2 mil toneladas embarcadas nos dez primeiros meses de 2020, volume 123% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo período, Hong Kong importou 143,1 mil toneladas (+10%), Singapura 45,5 mil toneladas (+57%), Vietnã 36,9 mil toneladas (+222%) e Chile 33,5 mil toneladas (-10%).
?As vendas para a Ásia seguem sustentadas, especialmente para os destinos impactados por crises sanitárias de peste suína africana. A tendência é de continuidade deste quadro, apontando para projeções totais de 1 milhão de toneladas embarcadas pelo Brasil nos 12 meses deste ano?, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
No ranking das vendas externas por estado, Santa Catarina se mantém como principal exportador do setor, com 435,7 mil toneladas entre janeiro e outubro, número 51,6% superior em relação à 2019. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul exportou 215,6 mil toneladas no mesmo período (+25,5%). No terceiro posto, o Paraná embarcou 117,4 mil toneladas nos 10 primeiros meses do ano (+13,9%). (Foto: Sistema Faep)