Reformas entrarão na pauta do Congresso ainda neste ano
O líder do Governo na Câmara, deputado paranaense Ricardo Barros, defendeu, na live "Indústria em debate: o que fazer para o Brasil voltar a crescer", promovida pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com a revista Exame, a importância da aprovação das reformas tributária e administrativa propostas pelo presidente Jair Bolsonaro para permitir, no cenário pós-pandemia, a retomada do desenvolvimento econômico, o aumento da competitividade da indústria nacional e a construção de um Estado mais leve e eficiente para os contribuintes.
Barros ressaltou que, logo após as eleições municipais (ainda neste ano, portanto), serão apresentadas ao Congresso Nacional as propostas que tiverem o apoio dos líderes partidários. O deputado acrescentou que a partir de fevereiro haverá grandes avanços na pauta de privatizações. "Ajustar as contas públicas é o nosso grande desafio", disse.
"Nós temos um momento positivo, pois o Congresso é reformista. As reformas são patrocinadas pelo presidente Bolsonaro, mas não interessam apenas ao Governo, e sim a todo o Brasil. Estamos criando um ambiente de avanço", disse Barros.
Segundo ele, a reforma administrativa tornará o Estado brasileiro mais leve e eficiente, com a possibilidade de demitir os servidores que não tiverem o desempenho adequado e de premiar os que trabalham melhor, o que não é possível hoje.
"A máquina pública brasileira custa 13% do PIB, e apenas de 5% a 9% em outros países. O Brasil foi abduzido pelas corporações. Precisamos enfrentar esse problema e não vamos avançar se não tivermos comprometimento, de quem opera o serviço público, com os resultados para a população", detalhou.
Já a reforma tributária, de acordo com o líder do Governo, trará simplificação dos impostos e possibilidade de desoneração da folha salarial, para estimular a geração de empregos.
"É vontade do Governo diminuir o imposto das empresas e passar a cobrar quando se retira da empresa e leva para a pessoa física. A ideia é reduzir o imposto da pessoa jurídica, porque nela o capital está rendendo trabalho e geração de divisas", afirmou Barros. "Não tem aumento de carga tributária: muda-se a forma de tributar para uma modalidade mais justa e interessante".
Ele disse que um fundo de equalização fiscal para os estados e um fundo de desenvolvimento regional, bem articulados, quebrariam todas as resistências à votação da reforma tributária. (Foto: Divulgação)