Na contramão do ditado popular segundo o qual "não se deve contar com o ovo antes da galinha botar", não é precipitação alguma dizer que há 106 candidatos a prefeito do Brasil que podem encomendar o traje da posse desde já.

O motivo é simples: eles não terão adversários no pleito de 15 de novembro e, pela legislação vigente, não precisarão mais do que o próprio voto para se eleger. A única possibilidade de algum deles não vir a tomar posse é ter a candidatura ou a eleição impugnada pela Justiça Eleitoral.

Comum mesmo diante dos atrativos do mandato em disputa (em 2012 ocorreu em 108 municípios e em 2016 em 95), esse fenômeno vai se repetir este ano em 14 das 399 cidades paranaenses, dentre eles três da região da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná): Corbélia, Catanduvas e São José das Palmeiras, onde apenas os atuais prefeitos Dr. Giovani e Professor Moisés e o ex-prefeito Nelton Brum, respectivamente, se candidataram.

Moreira Sales, Juranda, Santa Cruz do Monte Castelo, Francisco Alves, Pranchita, Santana do Itararé, Cafezal do Sul, Indianópolis, Salgado Filho, Rancho Alegre e Bom Sucesso do Sul são os outros municípios do Paraná inseridos nesse cenário.

Mas há dois estados onde isso ocorre mais fortemente do que no Paraná. O Rio Grande do Sul é recordista absoluto, com candidatura única em nada menos que 33 municípios. Depois vem Minas Gerais, com 17. Depois vêm São Paulo, com nove; Mato Grosso, com sete; Rio Grande do Norte, Piauí e Goiás, com quatro cada; Pernambuco, com três; Tocantins, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, com dois cada; Bahia, Rondônia, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará, com um cada.