Milho alcança valor recorde de R$ 50 a anima produtores
A colheita da segunda safra de milho no Paraná está encerrada e os preços agradam os produtores. Esses são alguns dos assuntos tratados pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de setembro a 2 de outubro. O documento, produzido por técnicos do Deral (Departamento de Economia Rural), também analisa a situação de outras culturas do Estado.
A safra de milho, do ponto de vista comercial, está excepcional para o produtor. O preço recebido pela saca de 60 quilos atingiu novo recorde na semana passada, valendo R$ 50,97. Para esta semana a expectativa é fechar em valor ainda melhor, estimulando assim o plantio da primeira safra do ciclo 2020/21, que, por enquanto, segue de forma lenta, devido à falta de chuvas regulares.
Em relação à colheita da segunda safra 2019/20 no Paraná, pode-se considerar encerrada - o levantamento oficial aponta que chegou a 99%. A previsão é que renda entre 11,6 e 11,8 milhões de toneladas, o que pode ser considerada boa, levando-se em conta todo o impacto climático sofrido. O Estado é o segundo maior produtor, responsável por 15% da safra nacional.
Parte do milho é utilizada na alimentação suína. O boletim do Deral também mostra nesta semana que o mercado internacional está absorvendo bastante a carne suína este ano. De janeiro a agosto, as exportações totalizaram 669 mil toneladas, aumento superior a 42% em relação ao mesmo período de 2019 e um recorde para o período. O Paraná é responsável por 14% do volume, com 93,5 mil toneladas e receita de US$ 207 milhões.
OUTRAS CULTURAS
O documento traz também informações sobre condições de plantio ou colheita e em relação aos preços praticados na cultura do trigo e soja. Ao tratar da pecuária, a análise discorre sobre o comportamento dos preços da arroba bovina e dos cortes no mercado varejista paranaense, além de informações sobre exportações de carne de frango.
Sobre o feijão, há uma avaliação em relação ao plantio e expectativa para a safra das águas. No boletim é possível encontrar, ainda, a história da apicultura no Brasil, desde sua introdução em 1839 pelo padre Antônio Carneiro até os dias atuais, com análise de exportação e preços. (Foto: Jonas Oliveira/AENPR)