Deputados defendem modelo de menor preço para o pedágio
Os deputados que integram a Frente Parlamentar de Encerramento dos Contratos de Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná defenderam, em uma nova reunião por videoconferência nesta terça-feira (29), a adoção de uma modelagem de menor preço para as novas concessões de pedágio nas estradas do Paraná. Os contratos do modelo atual se encerram em novembro do ano que vem. Até lá, uma série de estudos está sendo realizada para que a licitação com outro modelo seja lançada. A reunião contou com a participação de parlamentares, entidades de classe e associações de municípios de diversas regiões do Estado.
O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato, defendeu a ampliação da discussão e a elaboração de um documento, representando toda a sociedade paranaense, expressando a insatisfação contra o atual modelo. "O pedágio é um tema muito delicado, por isso estamos debatendo o encerramento dos atuais contratos e os novos modelos a serem adotados. Os modelos apresentados inspiram preocupação. O Paraná não pode perder a oportunidade de construir um modelo legal, transparente e justo", afirmou Chiorato. Uma nova reunião da Frente está previamente marcada para a próxima segunda-feira (5).
O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli, defendeu a adoção de uma tarifa de menor preço. "Estamos vendo a tentativa do Governo Federal de impor uma taxa de outorga com o modelo híbrido. Não podemos aceitar esta imposição. Temos de ir contra qualquer coisa que não seja o menor preço. Esta é hora de nos mobilizarmos", disse.
O deputado Tercílio Turini concordou. "Esperamos anos para este debate e não podemos errar mais, senão vamos ficar como nos últimos 20 anos. Temos de ter o entendimento de que a melhor modelagem é a de menor preço", disse. A visão é semelhante à do deputado Nelson Luersen,. "Defendo que a licitação seja a do menor preço de tarifa. Vamos adotar um modelo que o setor produtivo paranaense suporte", ponderou.
ECONOMIA
Os reflexos da atual tarifa são sentidos na economia do Estado. É o que afirmou o consultor em logística da CN (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Luiz Fayet, que fez uma apresentação mostrando as diferenças e os impactos dos modelos de licitação em estudo. Ele também defendeu a adoção de um modelo de menor tarifa em detrimento ao híbrido. "O atual modelo de pedágio é um ralo aberto sugando as nossas riquezas. Estamos sacrificando a base produtiva do Estado com ela. Neste momento, temos de ter responsabilidade com a população, sempre com a preocupação de pagar a menor tarifa", lembrou.
A nova concessão deve ter cerca de 3,8 mil quilômetros de rodovias pedagiadas divididos em até oito lotes. Inicialmente, o Governo do Paraná queria a concessão de 4,1 mil quilômetros, mas, segundo a estatal que está elaborando o novo modelo, a Empresa de Planejamento de Logística, alguns trechos de estradas têm se mostrado inviáveis e devem ficar de fora da nova concessão. Criado em 1997, o Anel de Integração interliga as principais cidades do Paraná. São seis lotes de concessão de estradas federais por um prazo de 24 anos. O Anel de Integração tem 2,4 mil quilômetros. (Foto; AENPR)