Em nome do corporativismo
O presidente Alécio Espínola disse nesta segunda-feira (21) que a Câmara de Cascavel está inclinada a abrir uma investigação ética sobre o caso de violência doméstica envolvendo o vereador Roberto Parra, mas desde que haja uma denúncia formal. A manifestação foi feita após reunião com os demais membros da mesa diretiva da Casa.
Na quinta-feira passada o Coletivo de Mulheres 8 de Março entregou documento solicitando providências em relação ao caso e pedindo comprometimento da Câmara com o combate à violência contra a mulher e foi informado pela Procuradoria Jurídica sobre as condições de admissibilidade para que uma representação seja aceita pela Comissão de Ética,
Corporativista, o Regimento Interno exige que o denunciante apresente documentos de identificação, comprovação dos fatos e indicação do tipo de infração ético-disciplinar cometida pelo vereador para abrir uma investigação.
Por falar em provas, elas existem em abundância tanto na Polícia Civil quanto na imprensa, que noticiou amplamente o fato de o vereador ter se engalfinhado até derramar sangue com a própria esposa, de quem depois desse fato foi impedido por medida judicial protetiva até mesmo de se aproximar.
Mas tem outro detalhe: no caso de abertura de um processo a esta altura, ele certamente não será concluído antes do fim do ano, o que significa que Parra pode dormir sossegado no que se refere à manutenção de seu mandato até o fim.