Desde julho, a notícia do recebimento de pacotes de sementes não solicitadas, com origem principalmente da China, tem circulado nas imprensas nacional e internacional. Há relatos de ocorrências desse tipo na União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, outros países e agora Brasil. As embalagens individuais, enviadas sem que o destinatário tenha solicitado, trazem poucas sementes, sem qualquer identificação.

Nos casos internacionais, o serviço postal da China tem colaborado com as investigações para identificar os remetentes. Nos Estados Unidos, as análises identificaram mais de 300 espécies diferentes, sem risco potencial. Também não foi identificada, até o momento, qualquer relação com agroterrorismo. Mesmo assim, as autoridades dos países que receberam as sementes seguem investigando.

No Brasil, o Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa de Agropecuária já havia sido comunicada pelo órgão de sanidade vegetal e animal norte-americano quando os recebimentos iniciaram em julho. No dia 14 de agosto, mesmo sem registro no país, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) emitiu um alerta.

E no Paraná, depois da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento), foi a vez da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) emitir um alerta aos agricultores diante da preocupação com o risco destas sementes introduzirem pragas e doenças que possam causar prejuízos à agricultura e recursos naturais brasileiros.

ORIENTAÇÕES

Confira as orientações da Faep em caso de recebimento do pacote de sementes não solicitada:

- Não abrir os pacotes de sementes;

- Mantê-las na embalagem original acompanhado dos documentos que vieram junto;

- Não plantar as sementes;

- Caso o pacote seja aberto, acondicionar em um saco plástico fechado;

- Encaminhar o pacote a uma unidade do Mapa ou da Adapar.