Professores aprovam greve para impedir volta às aulas
Enquanto durar a pandemia e não houver uma vacina disponível contra o novo coronavírus, não haverá aulas na rede estadual de ensino do Paraná. É que a APP-Sindicato delibou ontem, na primeira assembleia on-line de sua história, pela aprovação de uma "greve em defesa da vida", a ser deflagrada em caso de necessidade. Segundo a entidade, 2,7 professores participaram da discussão.
Em postagem feita no próprio site da APP, o presidente Hermes Silva Leão explicou que a paralisação só será desencadeada caso o governo decida pelo retorno das aulas nas escolas da rede estadual ainda em 2020. "A categoria está mobilizada e não aceitará qualquer imposição que coloque em risco a vida tanto dos estudantes e seus familiares, quanto dos profissionais que trabalham nas escolas", argumentou ele.
Os educadores também deliberaram na assembleia sobre ações relacionadas com as condições de trabalho e defesa dos direitos da categoria. "Aprovamos um calendário de mobilizações para reforçar nossa resistência, especialmente neste momento complexo em que os governos têm promovido uma política de precarização da educação pública e de retirada de direitos da nossa categoria", relatou a secretária de finanças da APP, Walkiria Olegário Mazeto.
O governo reagiu disse estranhar a atitude. "Causa surpresa a atitude unilateral do sindicato, pois a SEED tem mantido diálogo aberto e transparente com os dirigentes da APP. Os representantes da Secretaria da Educação têm reforçado nas diversas reuniões com os sindicalistas que caberá aos profissionais da Secretaria de Estado da Saúde definir provável a data do retorno às aulas presenciais, cujo protocolo sanitário é considerado um dos mais bem estruturados, seguros e rígidos do Brasil", informou a Secretaria Estadual de Educação por meio de nota oficial. (Foto: Divulgação APP)