A cada dia que passa, fica mais difícil para os brasileiros manterem planos de saúde privados. Liminar concedida hoje pela Justiça Federal de São Paulo determina que o reajuste dos planos individuais e familiares de todo o País devem ser de 5,72%, no máximo, em 2018. A desculpa, desta feita, é a inflação setorial.

O aumento autorizado não poderá ultrapassar o percentual do IPCA relativo à saúde e cuidados pessoais e foi tomado em ação civil pública movida com base no relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando distorções, abusividade e falta de transparência na metodologia usada para calcular o percentual máximo de reajuste de 9,1 milhões de beneficiários de planos individuais. Em 2015, 2016 e 2017, os reajustes permitidos pela agência superaram 13% ao ano.

Mas a Agência Nacional de Saúde Suplementar já disse, em nota, que vai recorrer da decisão proferida da Justiça. "A agência reguladora repudia ações desprovidas de fundamentação técnica que acabam causando comoção social e viés pró-judicialização de temas sob responsabilidade do órgão", alega a entidade.