Austeridade e eficiência viram marcas da Itaipu
Depois de um longo período em que era comum o desperdício de dinheiro em passagens de primeira classe, hotéis cinco estrelas e até patrocínio de eventos jurídicos no Brasil e no exterior com a participação de membros do alto escalão do Poder Judiciário, eis que a Itaipu Binacional mudou da água pro vinho.
A nomeação do general Joaquim Silva e Luna, em fevereiro do ano passado, foi um marco na busca da eficiência que há muito não se via na empresa criada em maio de 1974 e que entrou em operação em maio de 1984.
Um ano e meio depois de tomar posse, a direção encabeçada por Silva e Luna faz com que hoje o Brasil colha os frutos de uma gestão marcada pela retomada da austeridade. "É um compromisso de Itaipu investir no Paraná e principalmente na região Oeste, deixando um legado para a população", afirmou o general em videoconferência realizada nesta segunda-feira (24) com deputados federais e senadores paranaenses.
O encontro virtual abordou os investimentos em obras estruturantes e a perspectiva diante da revisão do Anexo C, documento que trata das bases financeiras do Tratado de Itaipu e que deverá ser revisto em 2023. Dentre outras coisas, o general assegurou às autoridades a continuidade do pagamento dos royalties."Eles continuarão sendo repassados?, disse, levando tranquilidade principalmente aos municípios lindeiros ao lago.
Silva e Luna, que nesta quinta-feira (27) recebe em Foz do Iguaçu o presidente Jair Bolsonaro, respondeu todas as perguntas e esclareceu todas as dúvidas a respeito do Tratado e dos investimentos da binacional, que totalizaram aproximadamente R$ 1 bilhão nos últimos 18 meses, o que tem possível graças a medidas como a desmontagem do verdadeiro castelo em que havia sido transformada a sede da usina em Curitiba, agora um simples escritório de representação.
DE OLHO NO FUTURO
Com estrutura mais enxuta e gastos reduzidos, inclusive orçamentários, a gestão Silva e Luna redirecionou recursos para obras que contribuíssem para o desenvolvimento e o futuro de Foz do Iguaçu e do Oeste do Paraná, como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai e a ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Foz do Iguaçu.
A pandemia, é claro, poderá atrasar a colheita do resultado desses investimentos, mas o desenho do futuro mostra que o caminho estará pronto, em várias áreas fundamentais.
"Logo que chegamos, fomos bem acolhidos e percebemos o potencial de Foz do Iguaçu para se tornar um grande hub logístico, tecnológico e de saúde da América do Sul. A oportunidade estava à vista", disse o general, primeiro diretor-geral brasileiro da binacional a residir em Foz. (Foto: Divulgação)