A deputada federal Flordelis, do PSD do Rio de Janeiro, só não foi presa nesta segunda-feira (24) por um desses privilégios inaceitáveis. O álibi que a beneficiou é pura e simplesmente o fato de estar no exercício de um mandato parlamentar, quando alguém só pode perder a liberdade se pego em flagrante.

Mas Flordelis vai ter com que se preocupar doravante, pois é apontada pela polícia e pelo Ministério Público como mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros no dia 16 de junho do ano passado.

Cinco filhos adotivos do casal foram presos hoje e se juntaram ao filho legítimo que já estava presos juntamente com um ex-PM. Uma neta também foi parar atrás das grades acusada de participação no crime.

Depois do fato de tantos filhos estarem supostamente implicados no crime, o que mais chama atenção na denúncia do MP é o apontamento de que Flordelis vinha tentando se livrar do marido há bastante tempo e que teria atentado contra a vida dele pelo menos quatro vezes, inclusive com o envenenando da comida.

"A investigação demonstrou que toda aquela imagem altruísta e de decência era apenas um enredo para alcançar posição financeira e política. Depois que ela alcançou esse objetivo principal de chegar à Câmara dos Deputados, ela colocou em prática esse plano criminoso intrafamiliar", resumiu o delegado Allan Duarte, dando a entender que Flordelis teria usado o marido para construir e solidificar sua igreja, que ganhou seu próprio nome (Ministério Flordelis), e se eleger deputada, para depois se livrar dele. (Foto: Reprodução)