Acordo prevê construção de ferrovia Maracaju-Cascavel
Paraná e Mato Grosso do Sul deram mais um passo para a implantação do Corredor Oeste de Exportação, um novo ramal ferroviário ligando Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá com a ampliação da malha operada hoje pela Ferroeste. Nesta quarta-feira (19), os governadores Ratinho Junior e Reinaldo Azambuja assinaram um acordo de cooperação técnica para trabalhar de forma articulada no projeto de construção de um ramal ferroviária entre Maracaju e Cascavel.
No encontro, realizado em Campo Grande, também foi firmado o contrato com a empresa TPF Engenharia para execução dos Estudos de Viabilidade Técnico-operacional, Econômico-Financeira, Ambiental e Jurídica, que deve ser concluído em, no máximo, um ano. Até setembro também será definida a contratação do Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental, documentos necessários para a execução do projeto.
"É um momento histórico para dois estados tão importantes do Brasil. Dois estados produtores, que alimentam boa parte do planeta. Um projeto que já nasce vitorioso, unindo dois polos de produção e criando um grande corredor de exportação", afirmou Ratinho Junior. "É um marco para o setor logístico do País, que vai fazer com que o Brasil avance a passos largos, ganhando competitividade", completou Azambuja.
A previsão é que a nova malha ferroviária tenha uma extensão de até 1.371 quilômetros. O projeto inclui não só a construção de uma nova ferrovia entre Maracaju e Cascavel, mas também a revitalização do atual trecho ferroviário operado pela Ferroeste, entre Cascavel a Guarapuava, além da construção de um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá e de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.
CONCESSÃO
A ideia é abrir a concessão do projeto para a iniciativa privada. Em junho, a Ferroeste foi qualificada para integrar o Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal, atendendo a um pedido feito pelo Governo do Estado. Com a inclusão no PPI, a União vai ajudar o Paraná com apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores.
A expectativa é colocar a Ferroeste em leilão na Bolsa de Valores (B3) até novembro de 2021, já com os projetos concluídos. O modelo de concessão (total ou parcial) está sendo discutido pelo grupo de trabalho que elabora o Plano Estadual Ferroviário do Paraná, instituído no mês passado pelo governador Ratinho Junior. "Precisamos de um estudo técnico extremamente competente para trazer os grandes players para a disputa", destacou o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. (Foto: AENPR)