Uso do cerol agora pode ser punido com multa e prisão
O deputado Luiz Claudio Romanelli destacou nesta terça-feira (28) a sanção do governador Ratinho à lei 20.264 que proíbe a posse, uso, fabricação, comercialização e transporte de cerol ou linha chilena, recurso utilizado nas brincadeiras de empinar pipa.
"Já está em vigor essa lei, que foi criada para salvar vidas. Não podemos permitir que uma brincadeira faça vítimas fatais pelo Paraná, como tem acontecido nos últimos meses", disse ele, que é um dos autores do projeto de lei.
Somente nos primeiros seis meses deste ano, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública, foram registradas 42 denúncias relacionadas ao uso e comércio de cerol segundo o Coronel Lee, que assinou a proposta juntamente com Romanelli e os também deputados Dr. Batista e Gilson de Soua..
No caso de identificação, a lei prevê que o infrator poderá ser conduzido a uma delegacia para responder pelo ato e ser multado entre R$ 1.062,20 (10 vezes a unidade Padrão fiscal do Paraná, de R$ 106,22), quando pessoa física, e R$ 2.124,40 (20 vezes a UPF/PR), quando pessoa jurídica, em valores válidos a partir de agosto. E em casos mais graves, ela prevê inclusive pena de prisão.
Se o infrator for menor de idade, os responsáveis legais responderão pelo ato praticado. No caso de reincidência, as penalidades financeiras previstas na lei podem ser aplicadas em dobro,
BRINCADEIRA FATAL
O cerol e a linha chilena são obtidos a partir da mistura de cola e vidro, aplicada sobre as linhas, que produz efeito cortante aos fios de pipas, papagaios, pandorgas e bidês. Dessa forma, os praticantes da brincadeira cortam a linha dos adversários, na tentativa de manter-se isolado nos céus.
A brincadeira pode provocar acidentes até fatais envolvendo ciclistas, motociclistas e pedestres, além de animais, que se enroscam nas linhas e ficam gravemente feridos, em alguns casos, levando a vítima a óbito. Com a nova medida, os autores esperam diminuir os acidentes com esse tipo de brincadeira.
Ao sancionar a lei, Ratinho Júnior disse que o Paraná vai combater quem vende ou fabrica o produto, ainda que artesanalmente, e de maneira irresponsável coloca vidas em risco. "É uma lei importante. Infelizmente trata-se de uma prática que ainda é levada na brincadeira, mas muito perigosa", afirmou. E acrescentou que já existe uma fiscalização em cima do cerol, "mas a nova lei traz um rigor maior nesse combate". (Foto: AENPR)