Soldado Fruet não quer novos presídios em áreas de fronteira
O deputado estadual Soldado Fruet lamentou, na sessão remota desta terça-feira (28), a confirmação da instalação da Casa de Custódia de São Miguel do Iguaçu e cobrou que o Governo do Estado realize os investimentos prometidos para o Município como contrapartida da obra.
"Desde o ano passado, a população de São Miguel do Iguaçu e eu temos nos mobilizado para evitar a instalação da Casa de Custódia naquela cidade", destacou, lembrando que se reuniu no dia 26 de setembro, na Associação Comercial e Empresarial local, com moradores e empresários contrários ao cadeião.
Fruet recordou que, na sequência, foi convidado para uma audiência pública no dia 1º de outubro,"que na verdade foi um circo?, onde só permitiram falar quem era favorável à instalação da Casa de Custódia."Quem era contrário sequer teve o acesso à audiência pública permitido", enfatizou. O deputado do PROS citou que, em função da preocupação dos moradores de São Miguel do Iguaçu, procurou a Secretaria Estadual da Segurança Pública, encaminhou ofício ao Governo do Estado e solicitou ao prefeito para que a população local pudesse se manifestar sobre a obra. "Renovo todos esses pedidos: ouçam o povo antes de tomarem decisões que podem mudar o rumo e selar o futuro de uma cidade toda", discursou.
"Foz do Iguaçu, que antes era conhecida como Terra das Cataratas, já está sendo conhecida como cidade dos presídios, olha que título horrível", apontou o deputado, defendendo que o Estado seja pensado de forma macro ."Vamos parar de construir penitenciárias e Casas de Custódia apenas na região fronteiriça. Temos 399 municípios. Ninguém quer penitenciárias, mas vamos descentralizar essa situação", afirmou, salientando que o Oeste tem um agravante: "Somos uma região essencialmente turística e abrigos para criminosos, querendo ou não, ofuscam os atrativos turísticos".
Pensando nisso, Soldado Fruet, que preside a Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa, apresentou dois projetos de lei que proíbem a instalação de estabelecimentos prisionais em regiões turísticas e a menos de cem quilômetros das fronteiras. "Um preso em São Miguel do Iguaçu, por exemplo, se fugir da Casa de Custódia, em minutos está no Paraguai e nunca mais será recapturado. Voltará ao Brasil depois para voltar a cometer crimes", comentou. (Foto: Divulgação)