Coopavel vai recorrer de decisão tardia da Justiça
Medição regular de temperatura corporal, uso de máscaras e álcool em gel, higienização dos ônibus que fazem o transporte dos trabalhadores e adoção do distanciamento recomendado pelas autoridades da saúde. Essas são apenas algumas das medidas adotadas pela Coopavel desde o início da pandemia, razão pela qual a direção da cooperativa se diz surpresa com a decisão judicial totalmente extemporânea recomendando o fechamento de seus frigoríficos de aves e suínos a partir de 1º de agosto e testagem em massa de todos os seus mais de 5 mil colaboradores.
A cooperativa deve apelar judicialmente já na segunda-feira (27) contra a suspensão das atividades do Friaves e do Frisuínos, determinada ontem (24) por despacho do desembargador Aramis de Souza Silveira, do TRT9 (Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região), com sede em Curitiba. As duas unidades estão localizadas na área industrial em frente ao Autódromo Internacional de Cascavel.
Além das rigorosas medidas preventivas que estão sendo tomadas desde quando ambos os frigoríficos foram atingidos por um surto de coronavírus, dois fatores enchem a cooperativa de confiança na derrubada da determinação. A primeira, e também a mais importante, é que o referido despacho foi baixado no bojo de uma ação motiva pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) ainda no início de junho, ou seja, há quase dois meses. E a segunda é o fato de os números da pandemia estarem em queda há cerca de três semanas em Cascavel, ao contrário do que ocorre na maioria das outras grandes cidades do Paraná. Por fim, vale lembrar que o MPT pediu o fechamento de um total de 11 frigoríficos do Estado. (Foto: Arquivo Coopavel)