Papa aceita renúncia de bispos chilenos suspeitos de pedofilia
O papa Francisco aceitou nesta segunda-feira a demissão de três bispos do Chile - entre eles Juan Barros, acusado de ter protegido um padre pedófilo, além de Cristián Caro e Gonzalo Duarte. A decisão foi anunciada seis meses após a visita ao Chile, que foi marcada por protestos de vítimas de abuso sexual cometido por integrantes da Igreja Católica.
Em janeiro, o papa mal chegou ao Chile e pediu perdão pelos crimes de abuso sexual, encobertos pelo Vaticano e que ele prometeu punir. Porém, defendeu Barros, que ele mesmo nomeou bispo de Osorno, em 2015, em meio a acusações de que o sacerdote teria protegido Fernando Karadima - padre que havia sido condenado quatro anos antes, pela própria Igreja, por pedofilia.
Mas os protestos levaram o papa a encomendar nova investigação, ouvindo testemunhos de bispos e das vítimas de abuso sexual no Chile. Quando recebeu os resultados, detalhados num documento de 2,3 mil páginas, Francisco novamente pediu perdão. Só que desta vez por ter errado na sua avaliação.