Mutirão carcerário deve atender 50 mil presos até o fim deste ano
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou nesta terça-feira que será realizado a partir de junho um convênio com as defensorias públicas de todos os estados para analisar os casos da população carcerária e reduzir o déficit do sistema prisional. A expectativa, segundo a Agência Brasil, é que até o fim do ano sejam atendidos pelo menos 50 mil presos, o que representa cerca de 7% da população carcerária do País.
"Hoje temos uma superpopulação carcerária, que transforma os nossos presídios em arenas de conflitos, que terminam em massacres. É preciso também que aqueles que já cumpriram a pena e poderiam estar fora venham a sair. Fazendo isso estamos reduzindo o déficit de vagas no sistema prisional e outros que tenham cometido crimes considerados hediondos poderão entrar", explicou o ministro.
De acordo com Jungmann, atualmente o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 726 mil apenados (Quase 30 mil só no Paraná), e cerca de 40% deles são provisórios. "É melhor colocá-los no semiaberto, com tornozeleiras ou penas alternativas, do que jogar esses jovens na mão do crime organizado, de onde eles jamais sairão", apontou Jungmann.