Hang e Jeferson entram na mira da Polícia Federal
Várias equipes da Polícia Federal estão nas ruas desde o início da manhã desta quarta-feira (27) para cumprir 29 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre Moraes, relator do inquérito das fake news no STF (Supremo Tribunal Federal).
Dentre os alvos estão o empresário catarinense Luciano Hang, dono da rede de lojas Hawan, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, assessores do deputado estadual paulista Douglas Garcia, os blogueiros Allan dos Santos (de Londrina) e Sara Winter e outros supostos financiadores e coordenadores de um esquema de notícias falsas relacionadas à política e ameaças aos ministros do Supremo
Os investigados têm em comum o fato de serem defensores intransigentes do presidente Jair Bolsonaro. Eles integram o grupo denominado 300 Brasil, que tem se notabilizado por manifestações um tanto quanto radicais e do qual faz parte o deputado federal paranaense Filipe Barros.
A investigação começou ainda em março do ano passado e já levantou uma grande quantidade perfis falsos que espalham fake news pelas redes sociais. A operação está sendo desenvolvida no Distrito Federal, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.
Ao todo, 17 suspeitos tiveram bloqueadas as contas nas redes sociais e três deles tiveram quebrados os seus sigilos fiscal e bancário. Mais tarde, depois de encerrada a operação da PF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a suspensão do inquérito das fake news.