Ao menos por ora, é aconselhável não convidar nenhum dos 21 vereadores de Cascavel para sentar à mesa com Claudio Stabile. É generalizada na Câmara a insatisfação com o presidente da Sanepar, que na opinião de todos, até por ser cascavelense, deveria dispensar à Câmara um trato mais respeitoso. A revolta está relacionada à forma nada elegante com que Stabile tratou os vereadores, chegando a cogitar a possibilidade de acioná-los judicialmente pelas críticas feitas por eles da tribuna em relação aos valores abusivos de determinadas faturas de água. Se é assim, o ex-secretário de Lisias Tomé vai ter que contratar um batalhão de advogados e acionar os vereadores de uma lista enorme de municípios, pois esse problema tem sido objeto de denúncias em praticamente todo o Estado. Incontáveis consumidores andaram recebendo em casa faturas com valores três, quatro ou cinco vezes maiores que a média dos meses anteriores sem que a Sanepar consiga dar uma explicação convincente para esse fato. Fosse um domicílio ou outro seria convincente a tese de vazamento, mas são dezenas de milhares e que coincidiram com um cálculo meramente estimativo e totalmente desproporcional feito por conta da suspensão parcial da leitura autorizada como medida para colaborar com o combate à pandemia do vírus chinês. Algo precisa ser feito, até porque o consumidor é o legítimo patrão do presidente ao mais humilde servidor da Sanepar.

Debate público

A Câmara até quase aprovou uma moção de repúdio a Stabile e confirmou a realização de uma audiência pública com participação de autoridades e consumidores para debater as gordas faturas da água."Esperamos que o presidente da Sanepar compareça e dê as devidas explicações?, disse Misael Junior, proponente do debate, cuja marcação da data está no aguardo de uma resposta do presidente da estatal.

Eles merecem

Tomando por base o adágio popular que diz que o cão é o melhor amigo do homem, acertou em cheio o vereador Serginho Ribeiro - e a Câmara em geral por extensão já que a aprovação foi unânime - ao elaborar projeto criando, em Cascavel, um Banco de Ração para Animais. Uma estimativa ainda do ano passado aponta para a existência de aproximadamente 30 animais abandonados na cidade.

Aposta de alto risco

Depois de brigar quase com o mundo todo em defesa de sua tese, Jair Bolsonaro finalmente conseguiu fazer com que a cloroquina fosse liberada já para o início do tratamento de pessoas com o novo coronavírus. Mas está claro que se trata de uma aposta arriscada na medida em que não há estudos comprovando a eficácia desse medicamento no combate à Covid-19, pois se isso não der certo o presidente herdará sozinho um ônus de dimensões gigantescas. Mas riscos à parte, ao menos é uma tentativa em meio a um universo só de incertezas.

* Pílulas

* Regina Duarte, a Namoradinha do Brasil, já não está mais na frigideira que ferve sem parar nos bastidores do Palácio do Planalto. * Mas, diferentemente dos ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Sergio Moro, dentre tantos outros, ela vai continuar no governo, só que agora como diretora da Cinemateca de São Paulo. * Sem demora Câmara e Senado deverão definir de uma vez por todas o imbróglio sobre as eleições municipais deste ano. * Que, ao que tudo indica, deverão ser adiadas para o fim de novembro ou início de dezembro, pois a prorrogação dos atuais mandatos já é tida como carta fora do baralho. * Está muito próximo o esclarecimento definitivo do assassinato de Luiz Maurício Mion, filho do ex-prefeito cascavelense Octacílio Mion. * A Polícia Civil confirmou hoje a prisão de um dos implicados no crime, que caiu nas malhas da lei por conta de outro homicídio, praticado em agosto de 2019.