Deputado tenta barrar os supersalários na pandemia
Relator do projeto que regulamenta o teto salarial no serviço público, o deputado federal paranaense Rubens Bueno apresentou emenda que barra os supersalários na União, estados, municípios e no Distrito Federal durante a pandemia do novo coronavírus. A iniciativa modifica a proposta aprovada no último sábado pelo Senado, que concede auxílio financeiro de R$ 120 bilhões aos entes da federação para o combate à Covid-19.
De acordo com a emenda, os salários acima do teto constitucional ficam proibidos até 31 de dezembro de 2021 - hoje esse valor está em R$ 39,2 mil. A estimativa é que a economia, apenas na União, chegue a mais de R$ 2,3 bilhões por ano.
"Enquanto não conseguimos votar o projeto (6726/2016) que acaba com os supersalários e os privilégios no serviço público de forma definitiva, defendemos que o Congresso pelo menos dê uma sinalização de que não aceita mais permitir o pagamento de salários acima do que estabelece o teto constitucional, e suspenda o pagamento de penduricalhos que, em alguns casos, fazem com que certos grupos cheguem a ostentar um contracheque de quase R$ 1 milhão em um único mês. Nesse sentido, nossa emenda deve merecer todo o apoio daqueles que estão preocupados com a responsabilidade e a moralidade na administração pública", diz Rubens Bueno.
Segundo ele, a proposta visa contribuir para o saneamento das contas públicas dos entes da federação ao limitar privilégios no serviço público. "O momento de crise exige focar os gastos dos governos em atividades estritamente voltadas ao enfrentamento da pandemia. A proposta, apesar de limitada no tempo, nos lembra da importância de se adotar uma lei geral e nacional que regulamente o disposto no § 11 do artigo 37 da Constituição Federal, estabelecendo de forma clara e definitiva os limites remuneratórios do serviço público", reforça o deputado. (Imagem: Reprodução Internet)