Denúncia de eleitor leva a cassação de vereadora
Indignado ao tomar conhecimento de uma prática criminosa desvendada pela Operação W.O. desenvolvida pela Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Paraná, Volmer Roberto Tschinkel, eleitor e contribuinte de São Miguel do Iguaçu, no Oeste paranaense, decidiu exercer seu direito de cidadão e protocolar na Câmara um pedido de cassação do mandato da vereadora Flávia Dartora.
Pressionados pela população, os vereadores instauraram uma Comissão Processante em novembro passado e o caso teve um desfecho na noite de ontem (27), quando Flávia teve o mandato cassado por 6 votos a 2 em uma sessão com mais de três horas de duração. Com isso, ela perdeu os direitos políticos e não poderá ser candidata à reeleição.
Votaram a favor da cassação da vereadora Alfredo Junior Mendes, Ari Luiz Jarczewski, Eliseo Marciano Presa, Lafaiete Ganda Meira, Vanderlei dos Santos e Elton Somavila, e contra a cassação Francisco Machado Mota e Silvio Marcos Murbak.
O CASO
Em 18 de dezembro a Justiça determinou que Flávia Dartora fosse afastada da Câmara por seis meses, sem receber salário, usasse tornozeleira eletrônica e pagasse multa de 100 mil. Segundo o Ministério Público do Paraná, ela e o marido André Fernandes criaram uma empresa em nome de "laranjas"para fornecer pedras à Prefeitura de São Miguel do Iguaçu por valores bem acima dos pagos por outros municípios da região.
O advogado Ijair Vamerlatti, que defende a vereadora, afirmou que o julgamento foi político e não técnico e que vai recorrer da decisão. (Foto: Divulgação)