Governo brasileiro quer criar imposto do pecado
O ministro Paulo Guedes declarou nesta quinta-feira (23), durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, que sua equipe estuda a inclusão, na reforma tributária a ser debatida no Congresso Nacional em breve, o que ela própria definiu como"imposto sobre pecados".
Mas calma, pois não é exatamente o que parece num primeiro momento. Trata-se, na verdade, de um tributo que incidiria sobre produtos que, segundo o ministro,"prejudicam a saúde?, mais especificamente cigarros, bebidas, doces e armas.
"Pedi simulações para, dentro da discussão dos impostos seletivos, agrupar o que os acadêmicos chamam de impostos sobre pecados: cigarro, bebida alcoólica e açucarados. Deram esse nome porque, por exemplo, se o cara que fuma muito vai ter câncer de pulmão, tuberculose, enfisema e, lá na frente, vai ter de gastar com o tratamento, entrar no sistema de saúde. Então coloca um imposto sobre o cigarro para ver se as pessoas fumam menos", disse Guedes.
O aumento da tributação sobre cigarros, bebidas e armas já está prevista nas duas propostas de reforma que estão no Congresso. A novidade é a inclusão dos doces por sua influência preponderante no aumento da obesidade, especialmente infantil, e de outros males à saúde. O mais recente levantamento governamental, de 2018, aponta que um em cada cinco brasileiros é obeso. (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)