O contrato social
J. J. Duran
A debilidade da democracia se resolve somente com mais democracia, já manifestaram inúmeras vozes eméritas do passado político.
Os violentos protestos feitos recentemente em diversas nações da indo-América demonstram que a região, seus governos e seus governantes necessitam editar um contrato social novo, que seja fraterno, solidário e inclusivo e contenha propostas que possam ser executadas sem debates ineficazes ou benefícios eleitoreiros.
Esse contrato precisa ser fraterno para abraçar aqueles que pensam de forma diferente, solitário para que todos compreendam com sinceridade o cenário em que estão inseridos e inclusivo para priorizar ações que ajudem os mais deserdados a emergirem por vontade própria ao invés de sobreviverem das migalhas fraudulentas que sobram dos banquetes das autoridades charlatães.
É necessário recuperar o equilíbrio socioeconômico indo-americano e mostrar, desde o poder republicano, que para atingir a distribuição equilibrada de benefícios, antes é preciso produzir.
Em pleno 2020 o Brasil ainda ostenta a indigna quantidade de 11 milhões de desempregados, para os quais a chegada do novo ano é marcada pelas mesmas frustrações de outrora.
Temos todos a obrigação de ajudar a construir uma sociedade balizada em um contrato social que construa pontes pelas quais possam transitar todos, não apenas uma pequena parte.
Para isso, precisamos superar o longo tempo em que o rancor e as diferenças socioeconômicas dividiram a família e criaram feudos cuja legitimidade foi destruída pelos fraudulentos embates feitos por seus dirigentes, sejam eles da esquerda populista ou da direita autoritária.
Jair Bolsonaro tem cumprido o discurso de campanha e dado encaminhamento a ações reformadoras, por isso vem cumprindo sua parte na elaboração desse novo contrato social e ajudando o País a deixar para trás um tempo infecundo.
É preciso que seus opositores no Congresso Nacional e fora dele e a sociedade civil se irmanem ao governo e também deem sua parcela de contribuição, pois há uma geração inteira contando com um Brasil melhor logo ali na frente.
J. J. Duran é jornalista e membro da Academia Cascavelense de Letras