MERCADO AGROPECUÁRIO 14/01/2020
Soja em compasso de espera
Às vésperas da tão esperada assinatura da fase um do acordo comercial entre China e Estados Unidos a confusão é generalizada mundo a fora. Os futuros da soja terminaram o dia estáveis. Os participantes do mercado não arriscaram mudar agressivamente suas posições diante de tantas incertezas. Assim, a terça-feira se encerrou com os principais contratos sem mostrar variações, com o março sendo cotado a US$ 9,42 e o maio, US$ 9,55 por bushel.
Dentre as especulações obre o acordo, estão as tarifas de importação praticadas pelos dois países. A agência internacional de notícias Bloomberg informou, na tarde desta terça-feira (14), que as tarifas de bilhões de dólares sobre mercadorias chinesas importadas pelos EUA deverão ser mantidas até depois do período das eleições presidenciais norte-americanas mesmo com a assinatura da fase um do acordo prevista para esta quarta-feira, 15 de janeiro.
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Milho fecha estável na Cbot
A estabilidade marcou presença na Bolsa de Chicago (CBOT) para os preços internacionais do milho futuro ao longo desta terça-feira (14). As principais cotações registraram movimentações máximas de 0,75 pontos negativos.
O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,89 com queda de 0,50 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,96 com perda de 0,25 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 4,02 com baixa de 0,50 pontos e o setembro/20 teve valor de US$ 4,02 com desvalorização de 0,75 pontos...
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Demanda sustenta o mercado do boi
O setor pecuário nacional inicia 2020 com perspectivas de que o mercado siga firme. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o fundamento vem da baixa oferta de animais para o abate e da possível continuidade da demanda internacional aquecida. Nesse sentido, em 2020, a pecuária nacional vai ter que responder com aumento de produtividade para conseguir atender à crescente demanda por novos lotes para abate.
No geral, o cenário econômico brasileiro é favorável. O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) no encerramento de dezembro, prevê crescimento de 2,3% da economia brasileira em 2020. Além disso, estimativas indicam inflação controlada e taxa de juros baixa, contexto que pode atrair novos investimentos na produção e estimular a demanda...
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Dia de quedas no mercado suíno
A terça-feira (14) foi marcada por quedas no mercado de suínos. Segundo análise do Cepea/Esalq, a perspectiva é que neste ano a suinocultura mantenha o bom desempenho de 2019. Entretanto, Valdomiro Ferreira, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) conta que neste começo de janeiro os preços estão pressionados e a margem de lucro, estreita.
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou cotada em R$ 110/R$ 113, variação de 0%/-0.88%. Queda também registrada no preço do quilo da carcaça especial, 4,44%/2,17%, chegando em valores de R$ 8,60/R$ 9...
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Sobe custo de produção de suínos e aves
Os custos de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, acumularam altas de 8,64% e 5,97%, respectivamente, em 2019. A nutrição dos animais foi o item que mais pesou para a variação positiva dos custos, com 7,21% de aumento no ano para os suínos e 4,04% no mesmo período para o frango de corte.
O ICPSuíno, que começou o ano em 220,96 pontos, encerrou 2019 em 238,75 pontos, no terceiro mês consecutivo de alta e registrando um acréscimo de 3,26% apenas em dezembro com relação a novembro. O custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina passou dos R$ 4,04 em novembro para R$ 4,17 em dezembro, maior valor desde junho de 2018...
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