Toledo vai virar modelo ao País em energias renováveis
Detentor de ¼ do rebanho suíno do Paraná, Toledo chegou ao ponto de ter que limitar a expansão desse importante pilar de sua economia por falta de local para dar a destinação adequada ao mar de dejetos gerados pelas granjas. Há vários anos isso tem sido um grande entrave ao desenvolvimento do Município, que está dando agora um passo decisivo para a transformação desse problema em uma solução que irá torná-lo referência para o Brasil todo.
O governador Ratinho Junior virá à cidade nesta sexta-feira (17) para, em ato marcado para as 10h, lançar um projeto ambicioso de transformação de subprodutos da agropecuária e da agroindústria em energias renováveis. Na ocasião, ele autorizará o início da construção de três usinas, uma para produção de combustível veicular (biometano) e duas para geração de energia elétrica.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Ambiental e Saneamento Básico, Neudi Mosconi, esse desfecho é resultado de tratativas iniciadas pela gestão do prefeito Lúcio de Marchi ainda no final de 2017, quando o Município começou a ajustar os detalhes junto ao Governo do Paraná e à empresa alemã ME-LE, que irá executar no perímetro urbano de Toledo a primeira usina de biometano do Estado.
Com custo estimado em R$ 60 milhões, essa usina foi projetada para produzir diariamente 17 mil metros cúbicos de biometano, o equivalente a quase 16 mil litros de óleo diesel. "Nossa projeção é trabalhar de forma arrojada para, num prazo de seis anos, termos em torno de dez usinas transformando 100% dos dejetos produzidos no Município, com um investimento de aproximadamente R$ 600 milhões", adianta Mosconi.
As outras duas usinas a serem autorizadas pelo governador terão, juntas, um custo superior a R$ 30 milhões e serão construídas em duas localidades do interior de Toledo, fruto de parceria entre Copel e Itaipu. Uma ficará em Ouro Preto e a outra na Vila Flórida, e ambas transformarão dejetos suínos em energia elétrica. (Foto: Arquivo)