MERCADO AGROPECUÁRIO 03/01/2020
Ataque bagunça o mercado de soja
O ataque americano que resultou na morte do comandante iraniano Soleimani na madrugada de sexta-feira (3) provocou uma bagunça generalizada nos mercados internacionais e as cotações da soja terminaram o dia perdendo mais de 1% na Bolsa de Chicago.
As baixas foram de 13,50 a 15 pontos nos principais contratos, com o janeiro fechando em US$ 9,30, o março, com US$ 9,41 e o maio/20, US$ 9,54 por bushel. O mercado operou durante todo o pregão com perdas intensas, porém, foi amenizando-as ao longo do dia...
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Milho cai em Chicago
A sexta-feira (03) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro desvalorizados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram baixas entre 4,75 e 5,00 pontos ao longo do dia.
O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,86 com queda de 5 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,93 com desvalorização de 5 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 3,99 com perda de 4,75 pontos e o setembro/20 teve valor de US$ 3,98 com baixa de 4,75 pontos...
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Cenário continua positivo para o suíno
O balanço positivo registrado em 2019 deve se repetir neste ano, de acordo com expectativas de agentes consultados pelo Cepea. Isso deve ocorrer devido à diminuição na produção global de suínos, ocasionada pelos casos de Peste Suína Africana (PSA) na Ásia.
O USDA indicou que a produção total de suínos deve recuar 10% em 2020 frente ao ano anterior, devido às quedas da oferta na China, nas Filipinas e no Vietnã. Apesar de as perspectivas, de modo geral, serem favoráveis para o setor, os diferentes cenários que o mercado de grãos pode assumir preocupam agentes. A demanda internacional incerta e as tensões ou mesmo possíveis acordos comerciais entre China e Estados Unidos podem gerar movimentos distintos nos preços dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja.
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Mercado bovino inicia ano mantendo preços
A baixa oferta de animais para abate e a possível continuidade da demanda internacional aquecida devem manter o mercado pecuário firme neste ano, conforme indicam pesquisadores do Cepea. A disponibilidade de animais está baixa em todas as regiões acompanhadas, resultado, de modo geral, do crescente abate de fêmeas em anos recentes.
Além disso, os preços considerados baixos por operadores de mercado entre 2017 e o início de 2019 também desestimularam parte dos pecuaristas, o que freou o ritmo de investimentos nos últimos anos. Quanto à procura, a esperada melhora da economia tende a elevar a demanda por carne bovina. Contudo, o atual alto patamar dessa proteína pode fazer com que parte dos demandantes migre para proteínas mais competitivas, como a suína e a de frango.
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