J. J. Duran, o Pacificador
Seria um exagero fazer uma analogia da entrega do título de Cidadão Honorário do Paraná ao jornalista J. J. Duran com o filme de ação O Pacificador (título original: The Peacemaker), estrelado por George Clooney e Nicole Kidman e cujo roteiro se inicia a partir de um acidente entre dois trens russos, um dos quais carregado de ogivas nucleares.
Mas não seria impróprio comparar esse ato, realizado na na Câmara de Vereadores de Cascavel, com o motivo que levou à criação da Medalha do Pacificador, cunhada no já longínquo ano de 1953 para galardear personalidades militares e civis, nacionais e estrangeiras, com comprovada contribuição para fortalecer as relações de amizade entre o Exército Brasileiro e os de outras nações.
De forma muito apropriada, o proponente da justa homenagem, deputado Marcio Pacheco, definiu Duran como "demolidor de muros"ao se referir à formação da mesa de honra, integrada, dentre outros, por adversários que rivalizam nas urnas e nos palanques desde o início da década de 1980 e, salvo engano, nunca tinham estado fisicamente tão próximos uns dos outros.
O prestígio e a história de Duran fizeram com que os ex-prefeitos Fidelcino Tolentino, Salazar Barreiros e Edgar Bueno ficassem lado a lado em um momento histórico não só para o homenageado, mas também para a política cascavelense. Ferrenhos embates antigos e recentes foram simplesmente esquecidos, mesmo que apenas por alguns instantes, por uma justa causa.
Mas como que a provar a imperfeição que permeia todo e qualquer ato político, não passou despercebido o fato de Serginho Ribeiro ter sido o único vereador a marcar presença na solenidade, uma verdadeira aula sobre os critérios que devem ser levados em conta para a aprovação da concessão de qualquer honraria pública.
Também integraram a mesa de honra o secretário municipal Hudson Moreschi Junior (representando o prefeito Leonaldo Paranhos), Renato Souza (representando o deputado e secretário estadual Nei Leprevost), Antonio de Jesus, Luiz Carlos Lima, Renato Silva e Wilson Riedlinger.
Em uma quebra de protocolo feita propositalmente por Pacheco, que presidiu a solenidade, todos tiveram a oportunidade de falar por alguns minutos e destacar as razões da homenagem prestada a Duran e sua esposa Ana Maria, que em dado momento da solenidade foi aplaudida de pé pelos presentes. (Foto: João Guilherme Clos)