Por decisão do plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as eleições deste ano terão uma inovação no que se refere à fiscalização das urnas eletrônicas, que passarão a ser auditadas por amostragem. De acordo com as alterações, 20 dias antes da eleição serão sorteadas seções espalhadas pelas 27 unidades da Federação para que realizem a auditoria no dia do pleito, antes do início da votação, com a supervisão de representantes dos partidos, da Justiça Eleitoral, do Ministério Público e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Segundo o texto da norma recém-aprovada, "a auditoria consistirá em verificar se as assinaturas digitais dos sistemas lacrados no TSE no início de setembro conferem com as assinaturas constantes das urnas instaladas na seção eleitoral". O processo será público e poderá ser acompanhado por qualquer interessado.

"Na mesma ocasião poderá ser emitido o relatório de todos os resumos digitais dos arquivos instalados nas urnas, que poderão ser conferidos um a um, a qualquer tempo, com a lista publicada no site do TSE", explicou o ministro Luiz Fux no voto em que aprovou a resolução.

A implementação da medida tinha sido adiantada em fevereiro pelo setor de tecnologia do TSE. Nesta quarta-feira, Fux disse, durante seminário em Brasília sobre a segurança da votação, que a "auditoria em tempo real" foi um atendimento a pedidos de especialistas em segurança da informação. (Foto: TSE)