Maior número de unidades da Petrobras em greve está no PR
Embora não tenha nenhum poço de extração de petróleo ativo, o Paraná tem o maior número de unidades ligadas à Petrobras cujas atividades foram paralisadas pela greve de 72 horas iniciada pelos petroleiros no início da madrugada desta quarta-feira, mesmo diante da liminar de ontem do TST (Tribunal Superior do Trabalho) considerando a greve abusiva.
Segundo levantamento da FUP (Federação Única dos Petroleiros), no Paraná cruzaram os braços os funcionários da Repar, da unidade de xisto e da Araucária Nitrogenados. Além disso, na unidade do Porto de Paranaguá não teve troca de turno à zero hora de hoje.
Também pararam os trabalhadores da Reman (Amazonas), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Lubnor (Ceará), Paulínia e Capuava (ambas em São Paulo), Duque de Caxias e Bacia de Campos (ambas no Rio de Janeiro).
Os petroleiros afirmam que o movimento é uma reação à política de preços dos combustíveis, de crítica à gestão na Petrobras, contra os valores cobrados pelo gás de cozinha e pelos combustíveis e pela retomada da produção interna de combustíveis.
"O governo reduziu a operação das refinarias brasileiras e isso fez com que o Brasil passasse a importar 30% de todos os derivados que consome e com que os preços praticados aqui passassem a seguir as oscilações do barril do petróleo lá fora", denuncia o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel. (Foto: Assessoria FUP)