A ParanaPrevidência faliu e só a APP não viu
A semana começou com mais uma grave da rede estadual de ensino do Paraná, cujo número de estudantes matriculados recuou 1,87% no ano passado na comparação com 2017, passando de 931.441 para 913.984, por obra e graça do desencanto dos pais que não suportam mais a conduta da APP Sindicato, cuja preocupação exclusiva com a questão salarial não permite espaço para ações que levem à melhoria da qualidade do ensino.
Por força da decisão tomada em assembleia realizada no último dia 22, em Curitiba, com a participação de apenas uma pequena fração dos professores, escolas de todo o Estado suspenderam total ou parcialmente as aulas no apagar das luzes do ano letivo, sem se preocupar com o risco que isso representa aos alunos que estão concluindo o Ensino Médio e sonham com o ingresso imediato em uma universidade.
O movimento, desta feita, é contra a proposta de reforma da ParanaPrevidência encaminhada pelo Governo à Assembleia Legislativa para adequar o Estado à reforma da Previdência federal aprovada pelo Congresso Nacional e cujas regras já estão em vigor para todos os trabalhadores da iniciativa privada.
"Nós precisamos dar uma resposta muito forte ao governador Ratinho e a todos que participam deste processo de ataque aos nossos direitos", disse o presidente da APP Hermes Leão ao justificar a greve, que em Cascavel terá amanhã a adesão também da Unioeste, cujos professores têm uma média salarial superior inclusive aos da UEL, UEM, USP e Unicamp.
Com uma visão caolha sobre o verdadeiro cenário da ParanaPrevidência, o sindicato ignora solenemente o fato de o instituto apresentar atualmente um déficit atual da ordem de R$ 6,3 bilhões e estar com os dias contados por essa razão. (Foto: João Paulo Vieira/APP Sindicato)