A greve dos caminhoneiros vem gerando um prejuízo diário de R$ 200 milhões às cooperativas do Paraná, segundo levantamento da Ocepar. "O desabastecimento da população é o que mais nos preocupa neste momento", afirmou o presidente José Roberto Ricken (foto), lembrando que o setor tem um papel relevante na cadeia de alimentos, envolvendo milhares de agricultores, que estão impedidos de escoar as produções até as unidades de processamento.

As cooperativas paranaenses estão deixando de abater diariamente 12.700 suínos, 2,3 milhões de frangos e 180 mil tilápias. Além disso, outros 3 milhões de litros de leite não estão sendo industrializados diariamente.

Além disso, 25 frigoríficos suspenderam as atividades deste o início dos bloqueios nas estradas, o que levou à necessidade de mandar para casa em torno de 50 mil funcionários. "Estamos calculando um prejuízo que já supera R$ 1 bilhão para o agronegócio até agora", destacou Ricken.

NO BRASIL

Em âmbito nacional, a Confederação Nacional da Agricultura estima um prejuízo de R$ 6,6 bilhões apenas na produção primária. Este levantamento não considera o processamento, as indústrias e a parte de insumos, que sofreram uma paralisia generalizada.

"Animais estão morrendo, alimentos perecíveis como hortaliças e leite são desperdiçados. O impacto é econômico, social e ambiental", afirmou Bruno Lucchi, superintendente da CNA, prevendo um "caos extremo" na produção de alimentos se as manifestações continuarem. (Foto: PRF)