Toffoli goleado no STF feito o Brasil diante da Alemanha
A goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil na Copa do Mundo de 2014, no episódio que ficou conhecido como Mineiraço (porque a disputa foi no Estádio do Mineirão), está gravada nas páginas como um dos maiores vexames da história do futebol mundial.
Pois um fracasso idêntico passou a constar do histórico de Dias Toffoli na tarde desta quinta-feira (28), quando o voto da ministra Cármen Lúcia elevou para 7 a 1 o placar contrário à tese de presidente do STF no julgamento sobre o compartilhamento pela Receita Federal, sem a necessidade de autorização judicial prévia, de informações bancárias e fiscais sigilosas com o Ministério Público e as polícias.
Essa decisão levará ao destravamento de nada menos que 935 ações e investigações que, segundo levantamento do Ministério Público Federal, estão paralisadas por força de uma liminar concedida por Toffoli ainda em julho passado a pedido da defesa do deputado Eduardo Bolsonaro no caso do ex-assessor Fabricio Queiroz.
Na véspera do julgamento, iniciado ainda na semana passada, especialistas avaliaram que se o Supremo acatasse a tese de Toffoli, seria o fim definitivo da Lava Jato, o que significa que essa decisão cria um grande desconforto não só para o filho do presidente da República, mas para praticamente todos que estão sendo acusados por crimes cometidos durante o período em que a corrupção se fez mais fértil na história do Brasil.
VOTAÇÃO ENCERRADA
O julgamento foi encerrado já no início da noite, quase três horas após a postagem da parte inicial desse texto, com o placar terminando em 8 votos a 3 contra a tese de Dias Tóffoli sobre o compartilhamento dos dados da Receita Federal; Votaram com ele apenas os ministros Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. (Foto: Divulgação STF)